sábado, 24 de agosto de 2013

Tireoidite

A glândula tireoide é responsável dentre outras coisas, por regular o metabolismo do corpo. Qualquer doença que atinge a tireoide vai interferir em outros sistemas do organismo através da atuação do hormônios T3 e T4.



Algumas doenças da tireoide

Hipotireoidismo - Carência de hormônios da tireoide. Os sintomas incluem ganho de peso, pele seca, constipação, intolerância ao frio, perda de cabelos, fadiga e menstruações irregulares. Hipotireoidismo grave não tratado pode resultar em coma e morte. Em crianças, pode retardar o crescimento e o desenvolvimento sexual. Em bebês, pode causar retardo mental. Por isso, em muitos países a pesquisa de hipotireoidismo faz parte da triagem de recém-nascidos, porque o diagnóstico e o tratamento precoces minimizam as consequências a longo prazo.

Hipertireoidismo - Excesso de hormônios da tireoide. Os sintomas incluem aumento da frequência cardíaca, ansiedade, perda de peso, dificuldade de dormir, tremores, fraqueza e diarreia. Em alguns casos, pode ocorrer protrusão dos olhos (exoftalmia).



A doença Graves, são a causa mais comum de hipertireoidismo, é um distúrbio autoimune em que são produzidos anticorpos que provocam inflamação da tireoide com secreção excessiva de hormônios.
A tireoidite de Hashimoto é a causa mais comum de hipotireoidismo em países onde foi eliminada a carência de iodo. É um distúrbio autoimune em que são produzidos anticorpos que provocam inflamação e destruição da tireoide, resultando em diminuição da produção de hormônios.

Tireoidite - Inflamação da tireoide. Pode estar associada a hipotireoidismo ou a hipertireoidismo. Dependendo da causa, pode ser aguda e transitória ou crônica.

Nódulos de tireoide - Pequenos tumores, que podem ser sólidos ou cistos cheios de líquido. A maioria é inócua, mas alguns são cancerosos e precisam ser tratados.

Câncer de tireoide - É pouco comum. Existem quatro tipos: papilar, folicular, anaplásico e medular. Cerca de 80% são papilares, afetam mais mulheres que homens e são mais comuns em jovens. Aproximadamente 15% são foliculares. É um tipo mais agressivo e é mais frequente em mulheres idosas. O câncer anaplásico também é mais comum em idosas, representa cerca de 2% do total e tende a ser agressivo e de tratamento difícil. O câncer medular produz calcitonina e pode ser encontrado sozinho ou com outros tumores endócrinos, como parte da síndrome de neoplasia endócrina múltipla. Representa aproximadamente 3% do total e pode ser também de tratamento difícil, especialmente quando se dissemina para fora da tireoide.

Bócio - É um aumento visível da tireoide. No passado, era comum devido a carência de iodo na dieta. Na maioria dos países desenvolvidos, sua adição ao sal de cozinha diminuiu muito a incidência de bócio relacionado com a dieta. Em algumas áreas, entretanto, a carência de iodo ainda é comum e é a principal causa de hipotireoidismo. Qualquer das doenças relacionadas acima pode provocar a formação de bócio, que comprime estruturas do pescoço, incluindo a traqueia e o esôfago, e prejudica a respiração e a deglutição.


Glândula Paratireóide

São quatro pequenas glândulas do tamanho de uma ervilha, localizadas no lado interno da tireoide. Segregam o paratormônio, que controla o metabolismo de minerais como o cálcio e o fósforo.


O hormônio das paratireoides regula a assimilação de cálcio e fósforo pelo organismo. A insuficiência desse hormônio causa contrações musculares. O excesso pode provocar descalcificação acentuada nos dentes e ossos.


A causa mais comum de hipoparatireoidismo: é lesão nas glândulas paratireoides, como durante cirurgia na cabeça ou pescoço. Glândulas paratireoides são pequenas glândulas endócrinas que estão localizadas no pescoço atrás da glândula tireoide
Em outros casos, hipoparatireoidismo está presente no nascimento ou pode estar associado com doença autoimune que afeta as paratireóides e outras glândulas do corpo. Hipoparatireoidismo é raro. É diferente do hiperparatireoidismo, uma condição muito mais comum na qual o corpo fabrica muito hormônio paratireóide.

Os sintomas do hipoparatireoidismo podem incluir:
·        Formigamento nos lábios e dedos.
·        Cabelo seco, unhas frágeis e pele seca.
·        Câimbras musculares.
·        Dor na face, mãos, pernas e pés.
·        Catarata nos olhos.
·        Malformações nos dentes.
·        Perda de memória.

·        Dores de cabeça. Convulsões e espasmos musculares.

Tratamento do hipoparatireoidismo

O objetivo do tratamento para hipoparatireoidismo é restaurar ao normal os níveis de cálcio e fósforo. Suplementos de carbonato de cálcio e vitamina D são o único tratamento atualmente aprovado para hipoparatireoidismo.

Quais são as causas do hiperparatireoidismo?

Na quase totalidade dos casos a hiperfunção da glândula deve-se a um adenoma (tumor benigno) nas paratireoides ou a uma hiperplasia (inchaço) da glândula. E em casos raros pode ser causada por tumores malignos.

Quais são os principais sinais e sintomas do hiperparatireoidismo?

Os sinais e sintomas do hiperparatireoidismo são devidos ao aumento de cálcio no sangue e na urina e à extração biológica de cálcio dos ossos. Sempre que ocorrem níveis elevados de paratormônio podem surgir sintomas como fraqueza muscular, perda de apetite, fadiga, emagrecimento, prurido, constipação intestinal, dores abdominais, náuseas, vômitos, aumento do volume urinário, sonolência, dificuldade de concentração, confusão mental, depressão, delírios e dores ósseas. Se o hiperparatireoidismo perdura por maior tempo, podem ocorrer sintomas digestivos como úlcera duodenal, pancreatite, cólica e/ou insuficiência renal, atrofia muscular, alterações visuais, hipertensão arterial e alterações do eletrocardiograma.

Como o médico diagnostica o hiperparatireoidismo?

O diagnóstico de hiperparatireoidismo pode ser muito difícil porque cerca da metade dos casos é assintomática. Quando há sintomas, eles são inespecíficos e os mais comuns são: frequentes pedras no rins, problemas ósseos graves, síndrome neuropsiquiátrica com depressão, confusão mental e hiperreflexia generalizada. Mesmo assintomático, o hiperparatireoidismo ocasiona um aumento de risco para doenças cardiovasculares e fraturas ósseas por osteoporose. Radiografias das mãos, ossos longos, coluna, crânio e arcada dentária ajudam a detectar as alterações. As alterações renais, por sua vez, podem ser avaliadas através da ultrassonografia. Pode-se ainda medir o nível de cálcio no sangue, a elevação do hormônio da paratireoide e da vitamina D. Há outras causas de elevação do cálcio sanguíneo, mas apenas no hiperparatireoidismo o paratormônio também está elevado ao mesmo tempo. Podem ser feitos ainda exames de imagem da região do pescoço (ultrassonografia, cintilografia, tomografia e ressonância magnética) e dosagens de marcadores do metabolismo ósseo.

Hiperparatireoidismo

Como o médico trata o hiperparatireoidismo?

Alguns pacientes com hiperparatireoidismo leve nem chegam a necessitar de tratamento. Quando é necessário, o tratamento do hiperparatireoidismo é cirúrgico, seja com a retirada das glândulas paratireoides hiperplásicas ou do tumor, quando for o caso. A hipercalcemia, quando severa, deve ser tratada por meio de hidratação oral ou venosa, com ingestão de pelo menos dois litros de água por dia ou administração de soro fisiológico venoso. Existem medicamentos capazes de diminuir o cálcio no sangue (raloxifeno) e melhorar a densidade mineral óssea (alendronato).

Como prevenir o hiperparatireoidismo?


Não há como prevenir o hiperparatireoidismo, mas há como minorar seus efeitos através de um exame regular dos níveis de cálcio em todos os familiares em primeiro grau, a partir da puberdade, e do tratamento o mais precoce que for possível.

 A tiroxina (T3) e a tri-iodotironina (T4) são hormônios sintetizados pela glândula endócrina tireoidea, localizada na região anterior do pescoço lateralmente à laringe e à traqueia, tendo secreção regulada por estímulos tireoideoprópico (tireotrofina), produzida pela hipófise.

TSH hormônio tireoestimulante (Tirotropina)



Anvisa aprova redução do teor de iodo no sal

A diretoria da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou a resolução que reduz os teores de iodo do sal.
A regra, que entra em vigor 90 dias após a publicação no "Diário Oficial da União", prevê a alteração da faixa atual --de 20 mg a 60 mg de iodo por quilo de sal-- para um teor de 15 mg a 45 mg/kg.

A proposta está baseada em estudos que identificaram níveis elevados de iodo na urina do brasileiro.
O consumo excessivo do nutriente pode causar disfunções na glândula tireoide, que produz hormônios reguladores do metabolismo.
A agência também usa dados do Ministério da Saúde que indicam que a inclusão do iodo no sal em patamares mais elevados, nas últimas décadas, teve o impacto desejado de reduzir a quantidade de pessoas com bócio (uma consequência da baixa ingestão de iodo).

Nos últimos 15 anos, será a terceira alteração feita nas proporções de iodo que deve ser acrescido ao sal.