sábado, 19 de outubro de 2013

Sistema Reprodutor Feminino


O sistema reprodutor e genital engloba os órgãos que produzem, transportam e armazenam as células germinativas, que são as responsáveis por dar origem aos gametas.
E são os gametas que, ao se unirem, formam um novo indivíduo, que será abrigado em um órgão durante seu desenvolvimento. Esse órgão, chamado útero, faz com que o sistema reprodutor feminino seja considerado mais complexo que o masculino em razão da função de abrigar e propiciar o desenvolvimento de um novo indivíduo.

Estruturas

Ovários, tubas uterinas, útero, vagina, hímen, grandes lábios, pequenos lábios e clitóris são as estruturas encontradas no sistema de reprodução feminino. Além disso, as mamas também são de grande importância na manutenção da vida. Os órgãos externos desse sistema permitem a entrada do esperma no organismo, além de protegerem os órgãos genitais internos contra micro-organismos infecciosos.





Os grandes lábios e os pequenos lábios: são dobras de pele e mucosa que protegem a abertura vaginal. Os pequenos lábios, durante o processo de excitação, ficam intumescidos e aumentam sensivelmente seu tamanho durante a penetração nas relações sexuais. Os grandes lábios ficam entre o monte púbico (ou monte de Vênus) e se estendem até o períneo, espaço entre ânus e vulva, e são cobertos por pelos pubianos após a puberdade.

A vagina : é um canal com cerca de 7,5 a 10 centímetros que se estende do útero, órgão interno, à vulva, estrutura genital externa. Suas paredes normalmente se tocam e no exame clínico o médico utiliza um aparelho para afastá-las. Esse canal é responsável por receber o pênis durante a relação sexual e serve de canal de saída tanto para o fluxo menstrual quanto para o bebê no momento de parto normal. É um órgão musculoso cujo orifício é denominado introito. Próximos ao introito existem pequenas glândulas chamadas glândulas de Bartholin, que secretam muco para lubrificar a vagina sob a ação de estímulos sexuais.

O hímen: é uma membrana de tecido conjuntivo forrada por mucosa tanto interna como externamente. Ele pode variar de tamanho e forma. No primeiro ato sexual sofre ruptura, permanecendo apenas pequenos fragmentos no local, chamados carúnculas himenais.


O clitóris: é uma pequena saliência, bastante sensível ao tato, situada na junção anterior aos pequenos lábios. Tem função muito importante na excitação sexual feminina e pode ser considerado similar ao pênis no homem.



O útero: é o órgão responsável por alojar o embrião e mantê-lo durante todo o seu desenvolvimento até o nascimento. Tem a forma de uma pera invertida, mas pode variar de forma, tamanho, posição e estrutura. É formado por tecido muscular que se estende amplamente durante a gravidez e apresenta camadas, sendo o endométrio aquele que sofre modificações com o ciclo menstrual, preparando-se mensalmente para receber o ovo já fecundado e, caso isso não ocorra, apresenta descamação e é eliminado pela menstruação.

Os ovários: são duas glândulas situadas uma em cada lado do útero, abaixo das trompas. São responsáveis por produzir gametas ou óvulos e também por produzir hormônios sexuais femininos, estrógeno e progesterona. Esses hormônios vão controlar o ciclo menstrual, provocar o crescimento do endométrio e estimular o desenvolvimento dos vasos sanguíneos e glândulas do endométrio, tornando-o espesso, vascularizado e cheio de secreções nutritivas.

As tubas uterinas: são aquelas que transportam os óvulos que romperam a superfície do ovário para a cavidade do útero. São dois canais finos que saem de cada lado do fundo do útero e terminam com as extremidades próximas aos ovários.



Nas tubas, os espermatozoides unem-se aos óvulos quando há fecundação para então se fixar no útero. Pode ocorrer também do óvulo já fecundado fixar-se na tuba uterina e iniciar o desenvolvimento do embrião, o que se denomina gravidez tubária.

Doenças Do Sistema Genital Feminino




Verruga Genital

Causador: papiloma vírus humano (HPV)

O que é Verruga Genital?

A Verruga Genital ou Condiloma Acuminado ou "Crista de Galo", como é popularmente conhecida, geralmente aparece como uma lesão elevada, de cor avermelhada e com aspecto de uma couve-flor em miniatura. As lesões podem ser pequenas ou podem se aglomerar em grandes massas. A Verruga Genital é encontrada na vulva, na vagina, na cérvice uterina, pênis, ânus e uretra. Alguns vírus causadores da Verruga Genital podem causar câncer de cérvice, vulva, vagina ou pênis.

Quais são os sintomas da Verruga Genital?

O indivíduo pode notar a Verruga Genital de 1 mês a vários anos após a infecção. Elas geralmente não são doloridas, porém causam coceira. Se não forem tratadas, elas podem obstruir a uretra, vagina e ânus, causando extremo desconforto para o paciente.

Como é diagnosticada a Verruga Genital?

A Verruga Genital é diagnosticada através da inspeção da lesão, por um médico. Recentemente, foi desenvolvida uma técnica para se avaliar a presença de DNA viral nas lesões.

Como a Verruga Genital é transmitida de pessoa para pessoa?

Geralmente, a transmissão se dá por sexo vaginal, anal ou oral. A Verruga pode não necessariamente estar presente. É importante a disseminação da doença por pacientes que não sabem que estão infectados, pelo fato de a lesão poder ser de difícil visualização (principalmente no caso de lesões na vagina).

A Verruga Genital é curável?

A Verruga Genital pode ser tratada, porém não é curável. O tratamento é feito com aplicações sucessivas de uma solução que queima ou congela a lesão, durante várias semanas. Apesar de as lesões desaparecerem, o vírus permanece ainda no organismo e em 20% dos casos as lesões reaparecem (em situações de stress).

Como se previne a transmissão do HPV?

Pessoas com apenas um parceiro sexual têm menos chances de adquirir o HPV. É muito importante o uso de camisinha e espermicidas. A camisinha é uma barreira entre o organismo e o vírus causador da Verruga Genital. Os espermicidas ajudam a eliminar qualquer micro-organismo que entre em contato com eles.



Endometriose

O que é: É uma doença que acomete as mulheres em idade reprodutiva e que consiste na presença de endométrio em locais fora do útero. O endométrio é a camada interna do útero que é renovada mensalmente pela menstruação. Os locais comuns da endometriose são: fundo de saco (atrás do útero), septo reto-vaginal (tecido entre a vagina e o reto), tubas, ovários, superfície do reto, ligamentos do útero, bexiga, e parede da pélvis.

Sintomas: Os principais sintomas da endometriose são dor e infertilidade. As dores podem ocorrer antes ou durante o período menstrual. Ela surge de repente, trazendo transtorno físico, psíquico para a paciente. Aproximadamente 20% das mulheres tem apenas dor, 60% têm dor e 20% pode sentir dor tipo cólica menstrual intensa, dor abdominal durante a prática sexual.  O Ginecologista pode suspeitar uma endometriose na sua paciente pela infertilidade sem explicação. Também o exame físico pode dar a entender a presença da doença.


Tratamento: O tratamento varia conforme as decisões da doente como, por exemplo: a sua vontade de engravidar ou de outras como os seus sintomas ou a sua idade. É recorrido a fármacos que libertam hormonas entre outras substâncias que diminuem o desconforto como, por exemplo, a dor e “danificam” os tecidos ou quistos endometriósicos.

Candida albicans

O que é: As cândidas são leveduras ovais com cerca de 5 micrômetros que se multiplicam sexuadamente e assexuadamente por gemulação. Por vezes existem simultaneamente formas de micélios típicos com hifas, ou pseudomicélios, que são formas coloniais sem hifas verdadeiras.


Sintomas: Os sintomas mais frequentes da Candidíase oral são a dor e vermelhidão da boca e mucosa, podendo também haver manchas brancas ou placas na mucosa da língua e bochecha. Já a candidíase nos órgãos genitais são frequentes a comichão, vermelhidão e irritação da região exterior da vagina, bem como uma secreção branca e espessa no caso das mulheres e o inchaço, vermelhidão do pênis e prepúcio no caso dos homens.

Tratamento: O tratamento das infecções sistêmicas pode ser realizado com medicações endovenosas ou orais com antifúngico como anfotericina B, caspofungina ou com derivados de azol, como fluconazol e itraconazol, enquanto o das infecções superficiais é feito pela aplicação de antimicóticos tópicos como nistatina, clotrimazol, miconazol entre outros.

Pólipos Uterinos


O que é: Os pólipos uterinos são tumor ações benignas visíveis na região cervical geralmente se desenvolvem na região cervical. Tem etiologia desconhecida. Desenvolve-se na endocervix.

Admite-se que lesões traumáticas, inflamatórias hormonais (estrogenos) são agentes desencadeantes. O tipo mais comum é o pediculado, mas encontramos os tipos sesseis Para efeito de estudo dividimos os pólipos em 2 partes: cabeça e corpo. Visto através da colposcopia ou exame especular, histeroscopia. Quando requisitamos uma ultrassonografia com a suspeita de visualizar pólipos, esta deve ser realizada na fase proliferativa, para não confundir com espessamento endometrial, podem ser únicos ou múltiplos. 75% são únicos. De localização preferencial no fundo uterino ou no canal cervical. Tem sua maior incidência a partir dos 40 anos. Mas pode ocorrer em qualquer faixa etária. Sangram com facilidade, pois é muito vascularização. Podem sofrer necrose, e inflamação. Padrão histológico: hiperplasico, atrófico, funcionais Degeneração maligna em 0,3%

Sintomas: A maioria não causa sintomas outros apresentam sangramento irregular, geralmente apos relação sexual e dispaurenia.



Tratamento: Retirada da lesão totalmente. A recorrência de recidiva e em torno de 5%. Geralmente na fase proliferativa. E encaminhar para exame histopatologico. Importante o aspecto histológico com relação ao exame do pedículo quanto ao seu aspecto normal. Os pólipos com hiperplasia atípica são lesões precursoras de câncer Diagnostico diferencial: devemos fazer com sinequias e miomas submucosos pediculados, hiperplasia endometrial.

Sífilis

O que é: Sífilis é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum com forma de espiral que evolui lentamente em três estágios, caracterizada por lesões da pele e mucosas. Pode ser transmitida por contato sexual, configurando-se assim como uma doença sexualmente transmitida e mais raramente por contaminação feto-placentária.

Sintomas: Muitas pessoas infectadas com sífilis não apresentam sintomas por anos, mas ainda assim estão sob o risco de complicações posteriores se não forem tratadas.

Estágio primário: O estágio primário da sífilis é geralmente marcado pelo aparecimento de uma única ferida, mas também pode haver feridas múltiplas. O período de tempo entre a contração da infecção e os primeiros sintomas pode variar de 10 a 90 dias (a média é 21 dias). O cancro é geralmente firme, redondo, pequeno e sem dor. Ele aparece no local onde a sífilis entrou no corpo. O cancro dura de 3 a 6 semanas e sara sem tratamento. Porém, se tratamento correto não for administrado, a infecção progride para o estágio secundário.

Estágio secundário: O estágio secundário é caracterizado por erupções na pele e lesões na membrana mucosa. Esse estágio tipicamente começa com erupções em uma ou mais áreas do corpo. As erupções geralmente não causam coceira e podem aparecer enquanto o cancro está sarando ou várias semanas depois. Algumas vezes as erupções do estágio secundário são tão leves que não são notadas. Os sintomas do estágio secundário da sífilis podem incluir febre, dor na garganta, dor de cabeça, perda de peso, dores musculares e fadiga. Os sintomas do estágio secundário da sífilis sumirão com ou sem tratamento.

Estágio terciário: O estágio latente da sífilis começa quando os sintomas secundários desaparecem. Sem tratamento a pessoa continuará a ter sífilis ainda que não apresente sintomas. Nos estágios avançados da sífilis ela pode danificar órgãos internos incluindo cérebro, olhos, nervos, coração, vasos sanguíneos, fígado, ossos e articulações. Os sintomas do estágio avançado da sífilis incluem dificuldade de coordenar os movimentos musculares, paralisia, cegueira gradual e demência. Os danos podem ser sérios o suficiente para causar a morte.


Tratamento: Sífilis é facilmente curável nos primeiros estágios. Uma única injeção intramuscular de penicilina curará a pessoa infectada com sífilis há menos de um ano. Doses adicionais são necessárias para tratar pessoas que têm sífilis há mais de um ano. Para pessoas alérgicas à penicilina há outros antibióticos disponíveis.

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Clamídia

O que é clamídia ?
A clamídia é uma doença sexualmente transmissível comum causada pela bactéria chlamydia trachomati, a qual pode danificar os órgãos reprodutores da mulher. Ainda que os sintomas da clamídia sejam geralmente moderados ou ausentes, ela pode gerar complicações sérias que causam danos irreversíveis, incluindo infertilidade, antes que a mulher reconheça o problema. Clamídia também causa secreção no pênis de homens contaminados.
Quais são os sintomas da clamídia?
Clamídia é conhecida como uma doença “silenciosa” porque em torno de 3/4 das mulheres e metade dos homens infectados não apresentam sintomas. Caso os sintomas apareçam, eles geralmente se manifestam entre 1-3 semanas depois da contaminação.
Nas mulheres a bactéria inicialmente infecta o cérvix e a uretra. Mulheres que apresentam sintomas podem ter secreções vaginais anormais e sensação de queimação ao urinar. Quando a infecção se espalha do cérvix aos tubos de falópio algumas mulheres ainda podem não apresentar nenhum sintoma, outras têm dores no abdômen inferior e na parte de baixo das costas, náusea, febre, dor durante o sexo e sangramento entre os ciclos menstruais. Infecção de clamídia no cérvix pode se espalhar para o reto.

Quais são as complicações resultantes da clamídia não tratada?
Caso não tratada, as infecções de clamídia podem progredir para sérios problemas reprodutivos e de saúde com consequências de curto e longo prazo. Assim como a doença, os danos que a clamídia causam são frequentemente “silenciosos”.

Como é o tratamento para clamídia?

Clamídia pode ser facilmente tratada e curada com antibióticos. Todos os parceiros sexuais devem ser avaliados, testados e tratados. Pessoas com clamídia devem abster-se de intercurso sexual até que elas e seus parceiros sexuais estejam completamente curados, do contrário a infecção pode ocorrer novamente. Ter múltiplas infecções de clamídia pode colocar a mulher sob alto risco de complicações reprodutivas, incluindo infertilidade.

Tricomoníase

O que é: A Tricomoníase, tricomoniose ou tricomonose é uma DST, causada pelo parasita Trichomonas vaginalis, que é oval e anaeróbio facultativo. É responsável por cerca de 10 a 15% dos corrimentos genitais.

Sintomas: Ardência ao urinar, coceira, dor no ato sexual, as vezes não aparenta sintomas. As pessoas apenas descobrem que tem em exames preventivos

Tratamento: O tratamento é feito através de nitromidazol via oral ou vaginal.

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